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quarta-feira, junho 30, 2004

“Mas eu sei em quem eu tenho crido”

o Mc, 14: 68 - “Mas ele negou dizendo: não O conheço. Não sei o que dizes”
o Os versos seguintos nos afirmam que por mai duas vezes O negou dizendo que não conhecia ao homem que estava em julgamento.

o Mc, 14:10 –“E Judas Iscariotes, um dos doze, foi ter com os principais dos sacerdotes para lhø entregar”.

o Se nós resumirmos o pensamento histórico e entendermos a correta colocação dos textos neste evangelho, vamos ver que à fria letra dos relatos, há um sentido mais profundo por trás dos textos que nós acabamos de ler.

o Quando o historiador conta os fatos de um acontecimento, e este historiador se encontra dentro do cenário destes acontecimentos, muitas vezes ele coloca o que vê, o que ouve e se ocupa em relatar as coisas como são do jeito que estea vendo naquele momento.
o Mas há outra forma de se descrever um fato, que é estando for a do cenário dos aconteciimentos.

o AUTOR. Marcos, o filho de Maria, de Jerusalém, At 12:12.
o Antiga tradição afirma que Marcos foi um companheiro de Pedro, razão por que este livro é chamado de O Evangelho de Pedro por alguns escritores antigos. É geralmente aceito que Pedro tenha proporcionado ou sugerido grande parte do material encontrado no livro.
o QUANDO FOI ESCRITO : 50 - 60 A.D.
o TEMA PRINCIPAL. Cristo, o incansável servo de Deus e do homem.

o A vida de Jesus é descrita como sendo cheia de boas obras.

o Seu tempo de oração era interrompido, 1:35-37 . Algumas vezes não tinha tempo nem para comer, 3:20 . Pelo fato de atender a contínuos chamados para o serviço, seus amigos diziam que ele estava fora de si, 3:21 . As pessoas o buscavam quando ele queria descansar, 6:31-34.
o PARTICULARIDADES. É o mais curto dos quatro evangelhos.

• estilo é vivo e pinturesco. Grande parte do tema está também em Mateus e Lucas, mas não se trata de simples repetição, pois Marcos contém muitos detalhes que não aparecem nos outros evangelhos.

o Como o Evangelho de João, Marcos também começa com uma declaração da divindade de Jesus Cristo, sem, contudo, se estender nesta doutrina.

o Um cuidadoso estudo do livro revela, sem dúvida, que o objetivo do autor é o de ressaltar as obras maravilhosas de Jesus, em vez de fazer afirmações freqüentes que testifiquem da sua deidade.

o Muitos toques pessoais se encontram neste evangelho, como "vivia entre as feras", 1:13; "aos quais deu o nome de Boanerges, 3:17; Jesus "indignou-se", 10:14 ; "e eles se maravilhavam", 10:32 ; "A grande multidão o ouvia com prazer", 12:37 ; etc.

o Embora ressalte o poder divino de Cristo, o autor alude com freqüência aos sentimentos humanos de Jesus: sua decepção, 3:5 ; seu cansaço, 4:38 ; seu assombro, 6:6 ; seus gemidos, 7:34 ;8:12 ; seu afeto, 10:21.

o Mateus olha para trás e se ocupa principalmente das profecias objetivando os leitores judeus, e dá muito espaço aos discursos de nosso Senhor.

o Marcos é mais condensado. Ele diz pouco acerca das profecias e apresenta um resumo dos discursos, mas enfatiza as obras poderosas de Jesus.

o Os dezenove milagres registrados em seu curto livro demonstram o poder sobrenatural do Senhor.

o Oito deles provam seu poder sobre as enfermidades, 1:31,41 ;2:3-12 ;3:1-5 ;5:25 ;7:32 ;8:23 ;10:46 .

o Cinco demonstram seu poder sobre a natureza, 4:39 ;6:41,49 ;8:8-9 ;11:13-14.

o Quatro demonstram sua autoridade sobre os demônios, 1:25 ;5:1-13 ;7:25-30 ;9:26.

o Dois demonstram sua vitória sobre a morte, 5:42 ;16:9.

o **********************************************
o Mas não é sobre Marcos que eu quero falar nessa reflexão e sim sobre os dois primeiros personagens que encontramos na leitura: Pedro e Judas. E talvez eu devesse incluir outros discípulos, como João, Tomé, mas nós vamos ver isso no contexto deste tema.

o Como eu disse antes, quando o historiador vivencia os fatos, ele descreve apenas o que vê. Quando é um pesquisador, ele já analisa os fatos. Mas sempre se prendendo ao que encontrou nos testemunhos.
o Mas existe um outro tipo de história,que é chamada de META-HISTÓRIA - a História atrás da história- mais elaborada, mais minuciosa, que analisa os SENTIMENTOS e as RAZÕES de determinadas atitudes dos personagens envolvidos na trama dos acontecimentos, baseado na análise de comportamento desses personagens.. E é isso que nós vamos fazer aqui hoje: vamos buscar entender o que se passava no coração de Pedro e de Judas, que os levaram a agir como agiram na noite do julgamento de Jesus. E porquê tiveram um desfecho tão diferente um do outro.

o É comum e barato à história resumir asim os fatos: Judas traíu Jesus. É simples. Mas foi isso mesmo o que aconteceu? Na prática foi, mas na mente de Judas, não é tão simples assim. Na mente de Judas..bem..vamos ver isso adiante.

o Pedro MENTIU quando negou a Jesus?
o Judas queria ver Jesus na condição que viu quando O entregou a sinédrio?

o Vamos voltar um pouco no tempo. Poucos dias são suficientes: menos de uma semana.
o Vemos Uma cidade inteira posta em fila, se aglomerando, se erguendo na ponta dos pés para ver melhor. Vemos uma multidão, e era uma imensa multidão, pois era a comemoração mais importante de Israel de todos os tempos: a maior de todas as festas e a esta festividade ninguém poderia faltar, pois ela simbolizava a UNIDADE daquele povo enquanto nação escolhida de Deus.

o Estava portanto Jerusalém apinhada de gente vinda de todos os lugares. E esta gente toda tinha um motivo ainda mais especial para estar ali naquele dia, pois todos tinham ouvido falar de um Homem que num simples toque, que por uma única palavra, que por um olhar mais profundo, era capaz de aliviar a dor, ressucitar os mortos, perdoar pecados, calar tempestades.

o Jerusalém não era naquele dia apenas o centro espiritual de Israel, mas era o refúgio a todo coração cansado.

o Jerusalém era o ESTRADO dos Pés do Deus vivo. E quase todos criam nisso. E quase todos queriam estar ali quando o Filho do Deus vivo pudesse andar por aquelas ruas. E quase todos queriam estender os seus mantos festivos para que a jumentinha pisasse sobre eles, pois sobre ela estava o Criador de todos os mundos.
o E quase todos estendiam palmas, um símbolo de boas vindas dados aos reis. E ali estava um Rei. Não apenas o rei profetizado e alvo da esperança de Israel, mas o rei dos Reis, o Senhor dos Senhores.
o Aquele era um dia solene na vida e na história daquele povo.

o E aquela era uma oportunidade única, quem sabe se até profetizada para o cumprimento das profecias de Isaías, e Aquele era sem a menor sombra de dúvida, o Emanuel predito, o Deus Conosco, Forte, maravilhoso, o Desejado de Todas as Naçãos, o Príncipe da Paz.

o Quem estivesse ao Seu lado, quem O precedesse e quem seguisse os Seus passos, certamente governaria sobre este reino.

o E quem estava ao Seu lado? Quem eram os Seus amigos e dedicados seguidores, senão os doze apóstolos escolhidos pessoalmente por Ele. Não impostos, não indicados, não eleitos pelo povo, mas escolhidos e convocados pela autoridade do próprio Filho de Deus? E entre os doze, quem mais confiável, quem mais responsável e capaz do que aquele que jurara insistentemente seguir até à morte e amar com sua própria vida, do que Pedro, cujo nome mudara, crescera diante da missão que lhe era confiada?

o E quem mais capaz de governar ao lado do Messias do que o tesoureiro da comitiva apostólica, Judas Iscariotes?

o Diante deste pensamento, e era este o pensamento que adornava o coração destes dois personagens durante aquela festividade, o cenário estava preparado para que finalmente o grande milagre de Jesus pudesse ser manifesto.
o E este pensamento não era infundado, porque o próprio Jesus mesmo havia dito que mesmo destruído o templo, em Três dias com Seu poder o levantaria. E o que era o templo para os judeus senão a marca viva da presença de Deus entre Seu povo?

o E este pensamento adornou a cobiça de Judas e de Pedro. E uma mostra disso é que o próprio Pedro, dias antes manifestara a Jesus a idéia de que poderia ser Rei em Israel no momento que desejasse. Foi quando Jesus disse: “Afasta-te de mim, satanás”.

o Andemos agora ao momento qu que Jesus disse a Judas:”O que tens a fazer, faze-o depressa”.
o Judas entendeu isso como um sinal de Jesus. Não ouvia mais o que Jesus dizia, mas apenas a sua própria cobiça. E Judas dirigiu-se aos Sacerdotes e combinou a entrega de Jesus.
o Mas por que ele fez isso, se sabia que intentavam contra a vida do Mestre?

o Porque estava viva em sua mente a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém, e tinha plena convicção que ninguém ousaria enfrentar o povo, porque o povo mesmo O aclamara rei.
o Judas imaginava que os sacerdotes poderiam fazer com Jesus aquilo que os discípulos não conseguiram: comovê-lO a aceitar o posto e destronar Herodes, que nada mais era do que uma “vaquinha de presépio” dos romanos. E o resto da história voces conhecem bem.

o Voltemos a Pedro. Pero talvez não tivesse a mesma ganância de Judas, e sabemos que Pedro nnao era d forma alguma um covarde. Pedro era um home forte, e o fato de ter decepado a orelha do soldado poucas horas antas, demontra que era acostumado ao uso da espada. E estava realmente disposto a morrer pelo seu Mestre.
o Então, o que havia mudado no coração de Pedro para negar a Jesus, e nnao apenas uma vez, mas por três vezes seguidas?

o E agora vem a surpresa: Pedro não mentiu!!!!

o Quando questionado pela empregada, primeiro, e pelos soldados, mais tarde, Pedro olhava lá dentro e via um homem resignado, humilhado e sofrendo constantes humilhações, apanhando, sendo torturado, cuspido no rosto, e cuspir no rosto é até hoje uma afronta impagável..este era o cenário que era mostrado a Pedro.
o E Pedro não reconheceu naquele homem de dores à sua frente, descrito por Isaías como uma raiz retorcida, o mesmo e poderoso Jesus que o fizera andar sobre as águas. O mesmo Jesus que levantara sua sogra com um toque de mãos. Que calara uma tempestade e que enfurecido e sozinho entrara no templo e com um azorrague na mão expulsara uma legião de vendilhões inescrupulosos que maculavam a Casa de Deus.

o Pedro vê um home calado, ensangüentado, tremendo como uma ovelha diante do seu matador. Pedro talvez tenha conseguido ver rosto de Jesus e Seus olhos quase fechados, inchados de tanto apanhar…e sem esboçar nenhuma reação.

o Aquele não era, segundo o coração humano de Pedro, o Jesus que ele conhecera.
o Pedro não conhecia aquele Jesus. E de fato, em todos os anos que esteve ao Seu lado, em todas as jornadas, Pedro não havia conhecido a Jesus.
o Pedro e Judas simbolizam a todos nós hoje, que estamos na igreja, mas não conhecemos a igreja. Que estudamos a biblia, mas não conhecemos a Palavra de Deus. Que pregamos o conhecimento que temos das maravilhas de Deus, mas não temos um relacionamento com Deus.
o Pedro e Judas andavam lado a lado com Jesus, mas nnao conheciam a Jesus.
o A finalidade desse estudo não foi a de trazer respostas ou apontar verdades, mas de nos levar à uma profunda reflexão acerca do relacionamento que estamos tendo com Jesus e se estamos verdadeiramento conhecendo a Jesus.
o Nós conhecemos a Jesus?

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